Sinopse: Uma mulher se encontra em uma luta por sua vida quando um livro antigo dá à luz demônios sedentos por sangue. Eles se tornam cada vez mais agressivos em um prédio em Los Angeles.
Como já dito em minha bio do blog, sou um amante dos filmes de terror, logo, assistir esse novo filme da franquia Evil Dead se tornou basicamente uma obrigação. Tudo que eu esperava desse filme era um entretenimento de fim de noite e posso afirmar que esse filme acertou precisamente. Apesar de eu não ter assistido os filmes mais antigos da franquia, tenho referências da série “Ash vs Evil Dead”, que faz parte do mesmo universo, então os pontos chaves, sejam as vozes tipicamente assombrosas, o livro amaldiçoado ou a violência criativa e gratuita, foram bem captados e me trouxeram para o ambiente que em muito me cativou anteriormente.
Direto ao ponto: O filme “A morte do demônio: a ascensão” tem um cenário mais atual, ambientado quase inteiramente em um apartamento pequeno e antigo, mal iluminado (propositalmente) em Los Angeles, ou seja, ao mesmo tempo que não tem nada de admirável, artístico ou inovador no cenário, ele nos traz mais identificação por ser um ambiente urbano rotineiro, nos possibilitando adentrar na trama com mais empatia pelos personagens, que vivem em um local comum.
Além disso, o roteiro, apesar de também não ser nada inovador ou com reviravoltas, se adequa bem a proposta do filme e cativa também os fãs da franquia, que já conhecem o “vento carregador de demônio”, que adentra o corpo e rouba a alma do primeiro personagem a ser possuído. Acredito que o filme faz o básico para coesão textual e entendimento do universo, explicando superficialmente de onde os demônios vieram, as relações familiares entre os personagens são bem superficiais também, apenas para garantir que o telespectador desenvolva o mínimo de empatia pela família, com personalidades bem definidas e já abordadas diretamente: uma criança inocente, um adolescente rebelde e uma adolescente mais consciente, uma mãe atarefada e protetora, e a tia espírito livre. O filme se sustenta bem, afinal, o objetivo do longa é causar desconforto com as cenas de sangue, vômitos, membros voando e outras ações sobrenaturais. O desenvolvimento do filme é bem inesperado e caótico, nunca sabemos a ação que o demônio terá, é completamente inusitado, não sabemos quem morrerá ou de que forma isso acontece.
No mais, as atuações não são geniais, mas também não quebram o clima de tensão e expectativa criados pelo roteiro. Vai agradar não só os fãs da franquia, mas também o público amante do gênero, que busca um terror “na moda antiga”, com história mais superficial, porém coesa e amarrada, bastante violência, que é caprichada a maior parte do tempo, tanto em maquiagem quanto nos efeitos especiais (exceto a decapitação dos primeiros minutos do filme), e um destaque para a criatividade nesse gore, como já abordado anteriormente, até ralador de alimentos se torna uma arma na mão do mal!
Nota 7.0