A série em live-action de Avatar foi uma das mais esperadas dos últimos tempos, basicamente uma geração inteira cresceu assistindo o desenho que originou a série, tanto para as crianças mais afortunadas que tinham Nickelodeon, quanto as crianças que assistiam à TV Globinho. O desenho com influências asiáticas tanto na ambientação, quanto na produção, é considerado por muito a melhor animação ocidental que já foi produzida, possuindo enredo com início, meio e fim, diferente do padrão dos desenhos ocidentais de episódio soltos e desconexos um do outro.
A nova produção da Netflix veio para enterrar de vez o terrível filme de 2010, que hoje basicamente virou uma fábrica de memes. O desenho original conta com 3 temporadas, o livro da água, o livro da terra, e o livro do fogo, respectivamente, e para evitar o desastre que foi resumir uma temporada inteira em um filme, a Netflix topou o desafio de fazer 3 temporadas, uma para cada livro, e graças a isso, mesmo não sendo perfeito, a primeira temporada conseguiu entregar uma versão coerente e fiel ao desenho.
Elenco da Avatar
Um ponto que sempre gera polêmica, mudança de etnias do material original na adaptação. O Filme de 2010 pecou de mais nesse assunto, representando a nação da água com caucasianos, e a nação do fogo com indianos. Dessa vez, a séria foi assertiva no elenco. Cada nação foi devidamente bem representada pelo que consta no material original, a nação do fogo, da terra e do ar por pessoas da ásia oriental, principalmente os chineses, e a nação da água sendo representada por indígenas norte-americanos.
Porradaria
A séria entrega bem uma das coisas que tem de melhor, as lutas! Um aspecto que eu achava que seria complicado, devido à complexidade das artes marciais envolvidas nas dobras dos elementos. Os efeitos especiais também estão na medida, nada muito artificial, e também nada tão raso. A Netflix, ao contrário de certas produtoras por ai, teve cautela para não abusar do CGI.
Ambientação do universo de Avatar
A série live-action de Avatar conseguiu capturar efetivamente a essência do universo original, explorando temas complexos como guerra, amizade, sacrifício e redenção. Ao acompanhar as jornadas dos personagens principais, somos levados a refletir sobre questões morais e éticas, além de nos envolvermos emocionalmente com suas lutas e triunfos.
Um dos aspectos que mais me agradou foi da série é a sua capacidade propagar e divulgar o mundo de Avatar, apresentando os personagens, culturas e mitologias de forma orgânica e cativante. Os fãs do desenho animado encontrarão muitos momentos nostálgicos e referências sutis, enquanto novos espectadores serão imediatamente atraídos pela riqueza e originalidade do universo criado por Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko.
Além disso, a série aborda questões atuais e relevantes, como poder, corrupção e a luta pela justiça, tornando-a não apenas uma aventura casual, mas também uma reflexão profunda sobre o mundo em que vivemos.
No fim das contas, a série live-action de Avatar não só honra o legado do desenho animado original, mas também eleva a franquia a novos patamares de excelência. Com sua narrativa envolvente, personagens bem desenvolvidos e incríveis cenas de ação, ela se destaca como uma das melhores adaptações de uma animação para o formato live-action. Estou ansioso para ver como a história continua a se desenrolar nas próximas temporadas, mas nunca com expectativas altas (sabemos como os produtores são capazes de arruinar uma séria de uma temporada para a outra kkk).
Vamos encerrar com a clássica reflexão do Guru de Avatar.