Uma fuga dos clichês de romance: Tomo-chan wa Onnanoko! – Dimitry
Por: Dimitry (Demolidor)
Antes de começar de verdade, gostaria de ressaltar alguns pontos, o texto se baseia apenas na obra do anime, não consumi o material original. Além disso, não sou especialista em nada, como sempre aviso, apenas vi muitos animes por aí. Sem spoilers.
Sinopse do anime: Os amigos de infância Tomo Aizawa e Junichirou “Jun” Kubota fazem tudo juntos, seja treinando ou apenas aproveitando um dia divertido. Qualquer um pensaria que esses dois são melhores amigos para toda a vida. O único problema é que Tomo está apaixonado por Jun, mas ele a considera como um irmão.
Começarei explicando o título, bem, como muitos devem saber as obras de romance costumam ter certos padrões que aparecem com pequenos ajustes na maioria dos animes desse mesmo gênero, os conhecidos clichês. O que não necessariamente é algo ruim, contanto que sejam bem colocados e que a trama não se resuma a apenas isso. Até porque o anime que será mencionado também tem clichês, e funcionam muito bem.
Irei citar alguns clichês que foram quebrados logo no início e que me deixaram com vontade de continuar assistindo esse anime. O “start” desse anime já é um grande exemplo disso, pois primeiramente já temos uma cena de declaração bem no comecinho, algo que costuma acontecer somente nos últimos episódios ou na última temporada, e, além disso, a declaração é feita pela moça apaixonada, a Tomo. Ou seja, ela não é aquele tipo de heroína retraída que fica esperando a atitude do amado, uma vez que ela entendeu os próprios sentimentos, ela correu atrás do que queria.
O único problema é que o cara não entende essa declaração de maneira romântica, contudo, ele não cai naquele clichê de protagonista ultra tapado, conforme a história for avançando, você irá entender melhor. Não irei falar muito porque assim consigo evitar spoilers.
Existem poucos personagens centrais e cada um é único, tem seus próprios traços de personalidade e não se confundem entre si, acho que deve ter sido uma estratégia do autor(a) de deixar eles bem diferentes mesmo, para que cada leitor criasse mais carinho por “x” ou “y” por gostos pessoais ou identificação. Eu achei todos bem divertidos no final de tudo, obviamente alguns eu comecei gostando menos ou com um pé atrás, mas com o andar da carruagem e com certos acontecimentos, acabaram me agradando de uma forma ou de outra.
O anime costuma se basear em pequenas histórias que vão desenvolvendo o plot central da protagonista feminina (Tomo) tentando encontrar formas de se tornar mais atrativa como alguém do sexo oposto para o protagonista masculino (Jun), existem outros sub-plots, mas o enredo principal é desse casal. E devo dizer que costumam ser bem divertidas, bem leves e engraçadinhas, a típica obra que a cada episódio te deixa satisfeito com o que você assistiu.
Aviso que o nível de animação, fluidez e afins não costumam ser o ponto forte aqui, existe uma cena que isso é feito com mais cuidado, mas, em geral, não é o caso. Porém, como se trata de um anime de comédia romântica, não existem grandes problemas com isso, é ignorável.
Por fim, um último padrão que não foi seguido nesse anime é o fato dele possuir final “fechado” já nessa primeira temporada. As aspas são por ser possível ter mais história, mas não é uma necessidade, pois não foram deixadas linhas soltas.
Sdds assistir uns anime de romance.